Farinha de Maracujá

Farinha de Maracujá

Já conhecida por sua propriedade de ajudar a baixar os níveis de açúcar no sangue, o que é ótimo para quem tem diabetes, a farinha de maracujá agora ganha status de bloqueador natural de gorduras. A farinha foi resultado de uma pesquisa feita pela Faculdade de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A casca da fruta, que normalmente é desprezada, é rica em pectina, uma fibra solúvel que em nosso organismo forma um gel, dificultando a absorção de carboidratos de uma maneira geral, inclusive da glicose. Além disso, esse gel impede que o organismo absorva também parte da gordura ingerida, ajudando nas dietas de emagrecimento.

A farinha não fica atrás: tem 20% dessa fibra, segundo estudo feito pelo químico e pesquisador Armando Sabaa Srur, da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “No estômago, a pectina se transforma numa espécie de gel não digerível, provocando sensação de saciedade”, explica a médica e nutróloga Daniela Hueb. Com isso, você se sente bem alimentada com uma porção menor de comida. A pectina também reduz a velocidade com que o açúcar entra no sangue – quanto mais lento esse processo, mais a fome demora para voltar a dar sinal.

Gordura na mira 

Quando chega ao intestino, a pectina bloqueia a absorção da gordura dos alimentos. A ação é bem mais suave que a do Xenical, medicamento da Roche que tem o boqueador de gordura orlistat como princípio ativo. Mas o efeito emagrecedor da farinha, assim como sua capacidade de proteger o coração, foi comprovado num estudo feito na Universidade Federal da Paraíba com 17 mulheres com colesterol alto. “Depois de 70 dias consumindo a farinha, elas não só tiveram as taxas de LDL, o colesterol ruim, reduzidas como perderam peso (algumas eliminaram 8 quilos!)”, comemora a farmacêutica Alessandra Ramos, que acompan hou o grupo por um período de um ano sem registrar reações adversas. De qualquer modo, observe como seu organismo responde ao produto.

maracuja

Menos toxinas

Outra boa notícia: a fibra presente na farinha de maracujá promove uma faxina no organismo. Ela ajuda a eliminar as toxinas, que, acumuladas, prejudicam o funcionamento dos órgãos e, com isso, desequilibram o metabolismo – o que faz sua dieta emperrar. Só que para facilitar a a ção desintoxicante da pectina, é importante beber mais água, no mínimo 2 litros por dia.

Modo de usar

O consumo da farinha tem de ser diário: uma vez ou outra não é suficiente para surtir efeito. Por isso, varie o modo de acrescentá-la no cardápio. Pode ser no suco, no iogurte, na salada, na sopa. O ideal, porém, é consumir uma colher de sopa (10 gramas, 47 calorias) antes das três principais refeições. Mas a nutricionista Anita Sacks, da Universidade Federal de São Paulo, avisa: “Não adianta usar a farinha de maracujá e abusar da gordura e do açúcar”. Portanto, aproveite para cortar alguns excessos à mesa e faça algum tipo de atividade física (vale até uma caminhada de 30 minutos pelo bairro dia sim, dia não).

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